quarta-feira, 26 de novembro de 2008

Nossa final de semestre, final de ano e fim de curso.....

Este curso me proporcionou momento de rereflexões importantes sobre a prática pedagógica, tive conhecimentos sobre a linguagem que até então não conhecia profundamente, até porque não sou professora de Lingua Portuguesa, minha área é outra, mas penso que meu conhecimento e o meu gostar sobre essa lingua maravilhosa e difícil aumentou bastante.

Os tutores Lenita e Mauríco, são maravilhosos, souberam conduzir bem o curso, apesar de pedirem para fazer o blog, não gostei muito da idéia , mas tudo bem, aprendi um pouquinho a mexer com essa máquina que chamam de computador que para mim ainda é muito complicada.

Aos dois meu agradecimento: pela paciência, dedicação e compreensão comigo. Quero que vocês tenham a certeza que contribuiram para o meu crescimento profissional e pessoal.

Apesar do meu trabalho não ser voltado para o português, mas ajudou-me bastante nos atendimentos com meus alunos, não apliquei tudo "ao `pé da letra", porém fiz o que pude e sinceramente gostei do resultado, sei também que os frutos virão mais tarde.

Talvez nem consiga ver estes frutos, mas sei que meus alunos levarão um pouquinho de mim. assim espero né.

O meu muito obrigada e que possamos nos encontrar em breve por ai ( em outros cursos, quem sabe?)

quinta-feira, 2 de outubro de 2008

José de Alencar: vida e obra





José de Alencar nasceu no Ceará, em 1º de maio de 1829. Era filho de José Martiniano de Alencar, padre que mais tarde seria eleito senador, e que abandonaria a carreira sacerdotal para unir-se a sua prima, Ana Josefina de Alencar. A família de Alencar mudou-se para o Rio de Janeiro, então capital do Império, quando o escritor era ainda criança; na década de 1840, o escritor se mudaria para São Paulo, onde seria aluno da Faculdade de Direito. Mais tarde, ele se destacaria também no cenário político. O primeiro romance de Alencar, “Cinco minutos”, foi lançado em 1856, sob a forma de folhetim; no ano seguinte, também como folhetim, publicou “A viuvinha”. O romance que o faria notório, todavia, seria “O Guarani” (1857): com ele, José de Alencar criaria uma verdadeira mitologia nacionalista em moldes europeus: seu herói, o índio Peri, destaca-se por sua moralidade e suas atitudes cavalheirescas. Outros dois romances completariam a chamada “trilogia indigenista”: “Iracema” (1865), cuja personagem principal caracterizava-se por ser a “virgem dos lábios de mel”, e “Ubirajara” (1874), que narra a formação de um valoroso guerreiro indígena. A obra de Alencar, no entanto, é muito diversificada, e nela existem romances das mais diferentes tendências: há livros regionalistas, como “O Gaúcho, (1870) e “O Sertanejo” (1875); urbanos, como “Lucíola” (1862), “Senhora” (1875) e “Encarnação”, publicado postumamente (1893); e históricos, como “As minas de prata” (1º vol., 1865; 2º vol., 1866) e “A Guerra dos Mascates” (1873). Também escreveu crônicas e peças de teatro. A obra de Alencar destaca-se por sua qualidade técnica, suas inovações no uso da língua portuguesa e seu nacionalismo. Ele foi um dos principais responsáveis por criar uma literatura autenticamente brasileira, repleta de símbolos e valores autenticamente nacionais, seguindo os princípios do Romantismo. José de Alencar faleceu no Rio de Janeiro, tuberculoso, em 12 de dezembro de 1877. Machado de Assis, que fôra seu amigo, escolheu-o como patrono da Cadeira 23 da Academia Brasileira de Letras.

quarta-feira, 1 de outubro de 2008

Filme: Desmundo


"Conta o roteiro do filme que mais ou menos na época de 1570, período em que se falava ainda o Português arcaico, e não existia a disciplina de um padrão linguístico, pois usavam uma certa mistura de Latim com o Português, que então chegam ao País algumas órfãs enviadas pela rainha de Portugal, tão somente para se casarem com os primeiros colonizadores portugueses.

Uma das muitas que pisam no Brasil-Colônia, foi Oribela, uma jovem donzela muito religiosa. O filme mostra que no seu primeiro relacionamento, ela diverge veementemente com o personagem, Afonso Soares D'Aragão, interpretação de Cacá Rosset, e sem saída, ver-se obrigada a constituir matrîmônio com Francisco de Albuquerque (Osmar Prado). Imatura e demais constrangida, Oribela pede a Francisco que lhe dê um tempo para que possa acostumar com a sua mudança de vida e com as obrigações domésticas. Duro e insensível, Francisco não aceita e não tem o mínimo de paciência com a postura da esposa, e passa a mal tratá-la e violentá-la.
Sentido-se humilhada e a pior das mulheres, tenta uma fulga frustrada para Portugal, acaba sendo capturada e acorrentada em cubículo, passa dias em cárcere chorando copiosamente. A única ajuda que tinha, era de uma índia, que cuidava de suas feridas do corpo e da alma. Um dia saiu do cativeiro, mas o sofrimento ainda alimentava o desejo de fulga para à terra de origem. Numa noite, teve a idéia de se vestir de homem, foi quando encontrou um português que morava na região e pediu ajuda. "

Lei Maria da Penha: contra a violência doméstica
Com relação ao filme ora citado, não posso deixar de mencionar a lei nº 11.340, denominada “Maria da Penha” (que ficou paraplégica ao receber um tiro do marido, e precisou de quase duas décadas e repercussão internacional do caso para punir o agressor), a lei visa coibir a violência doméstica e familiar.

A razão de ser da promulgação de lei específica se deve à longa opressão sofrida pela mulher durante milênios. Não é mais tolerável que, em pleno século XXI, a mulher não seja tratada com dignidade, principalmente no âmbito das relações familiares. De há muito as mulheres são desrespeitadas e desvalorizadas simplesmente por serem mulheres. A consciência desse tratamento injusto demorou a se expressar e dependeu do próprio esforço das mulheres.

É por tudo isso, e considerando o ainda elevado número de casos de violência doméstica no Brasil, que se justifica a promulgação da Lei 11.340/06, que merece toda a atenção e esforço da sociedade e do Estado, principalmente da autoridade jurídica, para a sua efetivação e aperfeiçoamento.

Só então, com a responsabilização dos agressores, será realizada a verdadeira Justiça.

Reforma Ortográfica


Tantos anos na escola lendo e estudando a Gramática da Língua Portuguesa, decorando e interpretando suas regras e agora temos que fazer uma lavagem cerebral de algumas coisas que conseguimos aprender ao longo de anos. Entretanto acho oportuna e necessária essa reforma, por motivos louváveis, tais quais: facilitar o intercâmbio entre os Países que usam a Língua Portuguesa e descomplicar um pouco mais o seu aprendizado.
Cabe a nós, educadores, informar a sociedade brasileira a respeito desse assunto, num dos objetivos de facilitar e racionalizar a Língua oficial do nosso Brasil.

Confira o que muda na Língua Portuguesa no Brasil:

1-O alfabeto da Língua Portuguesa passa a ter 26 letras, com a inclusão oficial do k, w e y.

2-Acentuação - As paroxítonas com ditongos abertos tônicos éi e ói, como “idéia” e “paranóico” perdem o acento agudo. Palavras como crêem, dêem, lêem e vêem também perderão o acento, assim como as paroxítonas com acento circunflexo no penúltimo o do hiato oo(s) (vôo, enjôo).

3-Palavras homógrafas (com a mesma grafia, mas com pronúncia diferente) como pára, pêlo, pélo e pólo também não serão mais acentuadas.

4-Paroxítonas cujas vogais tônicas i e u são precedidas de ditongo decrescente, como “feiúra” e “baiúca”, também não levarão acento.

5-O trema será totalmente eliminado das palavras portuguesas ou aportuguesadas, como “cinqüenta” e “tranqüilo”. A única exceção fica por conta de nomes próprios estrangeiros, como “Müeller”, por exemplo.

6-O hífen não será mais empregado em prefixos terminados em vogal seguidos de r ou s. Neste caso, dobra-se o r ou o s. Exemplos: antirreligioso, antissocial e minissaia.O hífen será utilizado com os prefixos hiper, inter, super seguidos de palavras iniciadas por r, como “hiper-resistente”. O sinal também será utilizado em prefixos terminados em vogal como ante, contra e semi seguidos de vogal igual ou h no segundo termo. Exemplos: micro-ondas, anti-higiênico e pré-histórico.

segunda-feira, 15 de setembro de 2008

27ª Feira do Livro


Feira do livro de Brasília é um evento que faz parte do calendário cultural da nossa cidade.
Em sua trajetória de 27 anos de existência, a feira tem demonstrado ser um evento democrático e uma tradição, que reúne público de todas as classes e de todas as faixas etárias, Aglutina os anseios dos agentes comprometidos com a causa: livreiros, autores, editores, distribuidores, entidades de classe, instituições governamentais e organizações da sociedade civil e é abraçada pela comunidade de toda região.
Em sua 27ª edição, o homenageado foi Thiago de Melo, poeta amazonense e cidadão do mundo.
Não tive a oportunidade de ter a felicidade ímpar de me aproximar do merecedor da homenagem para cumprimentá-lo, entretanto vivenciei momentos outros que foram enriquecedores, como o de ouvir o relato feito pela Contadora de História Thais, que soube interpretar muito bem a história da Árvore generosa, presenciado também por um número gigantesco de crianças de escolas públicas e particulares, todos muito vidrados e atenciosos.
Nossa colega contou outras, mas infelizmente não deu para prestigiar, pois o tempo era pouco e tinha ainda uma grande variedade de eventos para apreciar.
Busquei curtir a feira toda e tinha muita coisa maravilhosa, mas os preços dos livros, achei em grande parte inacessível, pois me deparei com livros mais caros do que em algumas livrarias por onde ando. Mas esse fato é comum em tipos de eventos como esse.
Outro momento bacana que aconteceu dentre tantos outros, foi quando parei em um estande para olhar exemplares de livros e quem me atendeu para minha surpresa, foi o próprio escritor, Hugo Pinto Homem, muito simpático, falou de alguns de seus trabalhos, me deixando muito entusiasmada, foi-me bastante interessante esse ocorrido.
Também fiz uma parada para um café literário com minhas amigas, outro momento apaixonante, e até então para mim inusitado, pois todos os anos vou à essa feira, porém nunca tinha feito essa parada.
Depois do café continuamos nossa trajetória pela feira, passamos por muitos estandes e em alguns fizemos compras, nós compramos livros e eu dentre livros, comprei também uma camiseta. No mais o passeio foi tão bom que o tempo passou meio que voando.
A Câmara do Livro do DF sempre se propõe a organizar uma feira diversificada, com produtos literários dos mais diversos formatos e com intensa programação artística. Sua estrutura, além dos estandes de expositores, dispõe dos seguintes espaços para atividades culturais:
Café Literário “Água de Remanso”;
Arena Cultural “Sagrada Alegria”;
Auditório “Filho da Floresta”;
Oficina “Criação da Vida”;
Oficina “O Oficio de Escrever”;
Esquina de Cordel;
Atividades Literárias: Palestra do autor seguida de autógrafo.
É claro que não deu para participar de todos esses acontecimentos, porém procuramos usufruir de tudo o que tempo permitiu.
A Cada ano o evento vem ampliando a oportunidade da integração e inclusão social e solidária, buscando difundir o hábito e o prazer da leitura entre às crianças, adolescentes e adultos.
O local da feira é sempre no Pátio Brasil Shopping,
Em minha opinião é um dos mais importantes eventos de Brasília.

domingo, 27 de julho de 2008

Trajetória Profissional:


Sou Nilcimar Carrijo, formada em Pedagogia pela Universidade Católica de Brasília ano de 1993/1997, com habilitação em Matérias Pedagógicas para o 2ª Grau E Orientação Educacional, com pós graduação em Psicopedagogia pela Universidade Candido Mendes-RJ.
Ingressei na Secretaria de Educação em fevereiro de 2000 como Orientadora Educacional na Escola Classe 44 de Ceilândia-DF, mas antes de chegar até aqui tive que transpor algumas barreiras e vencer alguns obstáculos. Sempre quis ser professora, mas meu pai dizia: “ Essa profissão não tem futuro tente outra melhor, pois com tantas profissões a escolher, por que logo essa?” Então para agradá-lo cursei o ensino médio, técnico em contabilidade, com isso meu pai ficou muito feliz. Na época era considerado um ótimo curso, mas no fundo não era aquilo que almejava, fiz tão somente para deixá-lo satisfeito, porém acabei gostando. Quando terminei o 2º grau fiz a mesma pergunta que muitos ainda fazem: E agora? O que fazer? Como ingressar no mercado de trabalho? Nem sabia o que fazer na verdade, pois o queria mesmo era ter feito o magistério. Me vi perdida e sem saber por onde começar.
Trabalhei em vários lugares, por último, em escritórios de contabilidade, ainda que tivesse atraída pelo tipo de trabalho, não sentia-me satisfeita. Anos depois, me vi conversando novamente com meu pai sobre meu futuro, a respeito do desejo de me tornar uma professora. Naquele momento meu pai me disse: “não gostaria que fizesse magistério, mas agora a escolha é sua, que realize e seja feliz.” Para mim naquele momento a opinião dele foi de suma importância. E com o seu aval fui logo atrás do que queria.
Então fiz complementação pedagógica durante um ano e meio e assim que terminei fui a busca de emprego, esse foi o período mais cruel, recebi um monte de nãos, mas não poderia esmorecer. Com muito esforço e procura, consegui um estágio no SESI de Taguatinga-DF, comecei a sentir o sabor de mais uma vitória, adorei. Agora sim, estava na profissão certa, então me convenci com mais evidência que queria ser uma PROFESSORA .
Terminado o estágio, e já cursando pedagogia que não era o curso dos meus sonhos, mas enfim... consegui um emprego em uma pequena escola particular, trabalhei por 2 anos nesta escola; e daí vieram outras e mais outras e com isso fui gostando do meu curso e me aperfeiçoando cada vez mais na área do magistério e assim terminei com muito orgulho e prazer.
No ano de 1997 passei no concurso público promovido pela Secretaria de Educação do Governo do DF, para o cargo de Orientadora Educacional. Foi outra vitória, e fiquei extremamente feliz. Todavia, qual foi minha decepção??? Exatamente a morosidade para ser nomeada, pois esperei três anos, mas tudo bem...
Enquanto isso, continuei trabalhando em pequenas escolas. Conheci uma pessoa em uma dessas escolas por onde passei que sempre dizia que onde fosse me levaria, eu não acreditava muito, entretanto sempre tinha esperança. Veja como é o destino: não é que me levou mesmo! Fiquei completa de alegria, pois iria trabalhar em uma escola de grande porte, no colégio AD1 (Colégio Professor Agnaldo Dantas), isto era muito importante para meu currículo; e por lá fiquei por um período de sete anos. Em 2000 fui chamada para a Secretaria de Educação do DF, peguei carga de 20 horas matutino e continuei no AD1 no período vespertino, pois gostava da escola e do que fazia, então resolvi ficar, me sentia completa. Lembrando que no AD1, era professora e na Secretaria de Educação do DF, Orientadora Educacional. Conciliei bem as tarefas, achava tudo isto muito bom, logo gosto das duas funções.
Chegando à Secretaria, passado algum tempo, fiquei muito decepcionada e até pensei em desistir em vários momentos.
Me passou pela cabeça, em momentos de desistir, mas pensava: Poxa, busquei tanto ser professora, atuar na Secretaria de Educação e agora que estou aqui, vou desistir? Não vou jamais!
Não tinha local de trabalho na escola, fazia atendimento em qualquer lugar da escola, meninos de 8, 9, 10 anos que não eram alfabetizados, classes de aceleração, uma direção não muito boa, me deparei com algo que nunca tinha vivido antes. Nossa como estava tudo difícil e confuso para mim naquele momento, foram dias de agonia e decepções. Conversava com um, com outro, pedia ajuda para quem eu imaginava que poderia me ajudar, e os dias foram se passando e eu adaptando a nova realidade da minha vida e profissão.
Na verdade trabalhava com duas realidades diferentes, de tarde em escola particular e de manhã na Secretaria. Enxerguei realidades bem diferentes, gritantes, contudo venci. E voltei a gostar do que fazia, à medida que me adaptava com aquelas situações mais difíceis, aprendia realizar meu trabalho com gosto, e tudo começou caminhar bem.
Em 2004 fui convidada a fazer parte da Equipe de Atendimento/Apoio à Aprendizagem, mais outro desafio, apesar disto fiquei feliz e ao mesmo tempo triste,
pois teria que sair do AD1 e me dedicar exclusivamente a Equipe, logo o trabalho necessitava de pessoas para trabalhar 40 horas semanais. Tive que refletir muito, e me expor com meus pais e com minha Irmã. Depois de vários entendimentos e dúvidas, tive que tomar uma decisão, não sei se foi a mais correta, contudo tomei.
Então optei por ficar na Equipe de Atendimento, até porque estava com problemas de doença na família e naquele momento fiz o que tinha que ser feito. Fiquei na Equipe de Atendimento. Uma pedagoga e uma psicóloga, duas pessoas incríveis que apareceram na minha vida, Eu e elas fomos uma Equipe de verdade, sempre unidas e fortes. Foi de muita valia o nosso trabalho e não me arrependo de nada, portanto servimos muito e aprendemos bastante.
Em 2008, mês de maio, recebi a notícia de que os Orientadores teriam que deixar as equipes e cada um teria que ficar em uma escola e que nas Equipes não iria ter mais orientador. Nossa, foi uma bomba que caiu sobre minha cabeça.
Relutei, briguei, enfrentei alguns desafios, digo, nós, porque a minha equipe estava junto nessa luta. Perdemos esta batalha difícil, não teve jeito, tive que sair mesmo da Equipe de Atendimento/Apoio à Aprendizagem.
Hoje ando decepcionada com a Secretaria de Estado de Educação e com alguns colegas que não souberam buscar por nossa permanência na Equipe.
Enfim, estou trabalhando na Escola Classe 03 de Ceilândia-DF, ainda não me adaptei a nova realidade, portanto isso aconteceu a pouco tempo. Gosto do que faço e me esforço em fazer o melhor, contudo não deixo de estar frustrada com o que aconteceu.
Sei que ainda vou ter algumas batalhas perdidas na Secretaria, mas não quero e não posso deixar de acreditar que podemos ganhar outras, e dando valor no trabalho que posso fazer, dentro da minha profissão de EDUCADORA. Quero estar sempre consciente da importância de tudo isto e seguir buscando o melhor, dentro do possível e quem sabe, do impossível.

sexta-feira, 18 de julho de 2008

Desejos

Desejo a vocês
Fruto do mato
Cheiro de jardim
Namoro no portão
Domingo sem chuva
Segunda sem mau humor
Sábado com seu amor
Filme de Carlitos
Chope com os amigos
Crônica de Rubem Braga
Viver sem inimigos
Filme antigo na TV
Ter uma pessoa especial
E que ela goste de você
Música de Tom com letra de Chico
Frango caipira em pensão do interior
Ouvir uma palavra amável
Ter uma surpresa agradável
Ver a banda passar
Noite de lua cheia
Rever uma velha amizade
Ter fé em Deus
Não ter que ouvir a palavra não
nem nunca, nem jamais e adeus
Rir como criança
Ouvir canto de passarinho
Sarar de resfriado
Tudo isso e muito mais...
Carlos Drummond de Andrade