quinta-feira, 2 de outubro de 2008

José de Alencar: vida e obra





José de Alencar nasceu no Ceará, em 1º de maio de 1829. Era filho de José Martiniano de Alencar, padre que mais tarde seria eleito senador, e que abandonaria a carreira sacerdotal para unir-se a sua prima, Ana Josefina de Alencar. A família de Alencar mudou-se para o Rio de Janeiro, então capital do Império, quando o escritor era ainda criança; na década de 1840, o escritor se mudaria para São Paulo, onde seria aluno da Faculdade de Direito. Mais tarde, ele se destacaria também no cenário político. O primeiro romance de Alencar, “Cinco minutos”, foi lançado em 1856, sob a forma de folhetim; no ano seguinte, também como folhetim, publicou “A viuvinha”. O romance que o faria notório, todavia, seria “O Guarani” (1857): com ele, José de Alencar criaria uma verdadeira mitologia nacionalista em moldes europeus: seu herói, o índio Peri, destaca-se por sua moralidade e suas atitudes cavalheirescas. Outros dois romances completariam a chamada “trilogia indigenista”: “Iracema” (1865), cuja personagem principal caracterizava-se por ser a “virgem dos lábios de mel”, e “Ubirajara” (1874), que narra a formação de um valoroso guerreiro indígena. A obra de Alencar, no entanto, é muito diversificada, e nela existem romances das mais diferentes tendências: há livros regionalistas, como “O Gaúcho, (1870) e “O Sertanejo” (1875); urbanos, como “Lucíola” (1862), “Senhora” (1875) e “Encarnação”, publicado postumamente (1893); e históricos, como “As minas de prata” (1º vol., 1865; 2º vol., 1866) e “A Guerra dos Mascates” (1873). Também escreveu crônicas e peças de teatro. A obra de Alencar destaca-se por sua qualidade técnica, suas inovações no uso da língua portuguesa e seu nacionalismo. Ele foi um dos principais responsáveis por criar uma literatura autenticamente brasileira, repleta de símbolos e valores autenticamente nacionais, seguindo os princípios do Romantismo. José de Alencar faleceu no Rio de Janeiro, tuberculoso, em 12 de dezembro de 1877. Machado de Assis, que fôra seu amigo, escolheu-o como patrono da Cadeira 23 da Academia Brasileira de Letras.

quarta-feira, 1 de outubro de 2008

Filme: Desmundo


"Conta o roteiro do filme que mais ou menos na época de 1570, período em que se falava ainda o Português arcaico, e não existia a disciplina de um padrão linguístico, pois usavam uma certa mistura de Latim com o Português, que então chegam ao País algumas órfãs enviadas pela rainha de Portugal, tão somente para se casarem com os primeiros colonizadores portugueses.

Uma das muitas que pisam no Brasil-Colônia, foi Oribela, uma jovem donzela muito religiosa. O filme mostra que no seu primeiro relacionamento, ela diverge veementemente com o personagem, Afonso Soares D'Aragão, interpretação de Cacá Rosset, e sem saída, ver-se obrigada a constituir matrîmônio com Francisco de Albuquerque (Osmar Prado). Imatura e demais constrangida, Oribela pede a Francisco que lhe dê um tempo para que possa acostumar com a sua mudança de vida e com as obrigações domésticas. Duro e insensível, Francisco não aceita e não tem o mínimo de paciência com a postura da esposa, e passa a mal tratá-la e violentá-la.
Sentido-se humilhada e a pior das mulheres, tenta uma fulga frustrada para Portugal, acaba sendo capturada e acorrentada em cubículo, passa dias em cárcere chorando copiosamente. A única ajuda que tinha, era de uma índia, que cuidava de suas feridas do corpo e da alma. Um dia saiu do cativeiro, mas o sofrimento ainda alimentava o desejo de fulga para à terra de origem. Numa noite, teve a idéia de se vestir de homem, foi quando encontrou um português que morava na região e pediu ajuda. "

Lei Maria da Penha: contra a violência doméstica
Com relação ao filme ora citado, não posso deixar de mencionar a lei nº 11.340, denominada “Maria da Penha” (que ficou paraplégica ao receber um tiro do marido, e precisou de quase duas décadas e repercussão internacional do caso para punir o agressor), a lei visa coibir a violência doméstica e familiar.

A razão de ser da promulgação de lei específica se deve à longa opressão sofrida pela mulher durante milênios. Não é mais tolerável que, em pleno século XXI, a mulher não seja tratada com dignidade, principalmente no âmbito das relações familiares. De há muito as mulheres são desrespeitadas e desvalorizadas simplesmente por serem mulheres. A consciência desse tratamento injusto demorou a se expressar e dependeu do próprio esforço das mulheres.

É por tudo isso, e considerando o ainda elevado número de casos de violência doméstica no Brasil, que se justifica a promulgação da Lei 11.340/06, que merece toda a atenção e esforço da sociedade e do Estado, principalmente da autoridade jurídica, para a sua efetivação e aperfeiçoamento.

Só então, com a responsabilização dos agressores, será realizada a verdadeira Justiça.

Reforma Ortográfica


Tantos anos na escola lendo e estudando a Gramática da Língua Portuguesa, decorando e interpretando suas regras e agora temos que fazer uma lavagem cerebral de algumas coisas que conseguimos aprender ao longo de anos. Entretanto acho oportuna e necessária essa reforma, por motivos louváveis, tais quais: facilitar o intercâmbio entre os Países que usam a Língua Portuguesa e descomplicar um pouco mais o seu aprendizado.
Cabe a nós, educadores, informar a sociedade brasileira a respeito desse assunto, num dos objetivos de facilitar e racionalizar a Língua oficial do nosso Brasil.

Confira o que muda na Língua Portuguesa no Brasil:

1-O alfabeto da Língua Portuguesa passa a ter 26 letras, com a inclusão oficial do k, w e y.

2-Acentuação - As paroxítonas com ditongos abertos tônicos éi e ói, como “idéia” e “paranóico” perdem o acento agudo. Palavras como crêem, dêem, lêem e vêem também perderão o acento, assim como as paroxítonas com acento circunflexo no penúltimo o do hiato oo(s) (vôo, enjôo).

3-Palavras homógrafas (com a mesma grafia, mas com pronúncia diferente) como pára, pêlo, pélo e pólo também não serão mais acentuadas.

4-Paroxítonas cujas vogais tônicas i e u são precedidas de ditongo decrescente, como “feiúra” e “baiúca”, também não levarão acento.

5-O trema será totalmente eliminado das palavras portuguesas ou aportuguesadas, como “cinqüenta” e “tranqüilo”. A única exceção fica por conta de nomes próprios estrangeiros, como “Müeller”, por exemplo.

6-O hífen não será mais empregado em prefixos terminados em vogal seguidos de r ou s. Neste caso, dobra-se o r ou o s. Exemplos: antirreligioso, antissocial e minissaia.O hífen será utilizado com os prefixos hiper, inter, super seguidos de palavras iniciadas por r, como “hiper-resistente”. O sinal também será utilizado em prefixos terminados em vogal como ante, contra e semi seguidos de vogal igual ou h no segundo termo. Exemplos: micro-ondas, anti-higiênico e pré-histórico.